Sintegração
Na última aula, fomos divididos em 4 grupos, na qual cada um possuía uma temática referente aos textos que lemos. Além disso, cada grupo era subdividido entre debatedores e críticos, além de observadores, que seriam os colegas responsáveis por tais funções na discussão geral de cada grupo em cada rodada, que no total foram 4. Com o início de uma nova rodada, havia uma nova distribuição de pessoas entre os grupos, o que gerava uma maior interação com outras pessoas.
Falando um pouco da minha experiência individual, fui debatedor nas duas primeiras rodadas, observador na terceira e crítico na última. Sendo assim, acabei tendo experiências diferentes por estar em posições de debate diferentes durante toda a atividade. O primeiro assunto discutido foi sobre a relação dos conceitos de finalística, causalística e programática com as possibilidades de virtualização e potencialização, foi um excelente assunto para começar essa atividade e, felizmente, meu grupo dominava o assunto então, na minha opinião, tivemos um ótimo debate. Pudemos discutir a definição dessas palavras e exemplos no cotidiano para tais conceitos, além disso, fizemos uma análise temporal na história e relacionamos os períodos já vividos anteriormente com cada um dos três conceitos. Curiosamente, na maior do debate, nossas opiniões se complementavam e quase nunca apresentavam forte oposição. O papel dos críticos foi muito importante nesse sentido, pois levantaram pausas interessantes e que não havíamos pensado anteriormente.
Na segunda rodada, a pauta foi relacionada ao texto do Haque que trata sobre interatividade, sendo o tema principal do debate as possibilidades de interface e interação reativas, proativas e dialógicas. Após discutirmos o conceito de interatividade e desmitificar o fato de que para algo ser interativo é necessário possuir tecnologia – algo que não é verdade, pensamos em exemplos de mecanismos e sistemas que pudessem gerar um efeito de interação no ambiente, e partir daí as possibilidades e teorias discutidas por Haque em seu texto.
Na terceira rodada, fui apenas observador, mas pude acompanhar a discussão sobre as possibilidades do programático, do acaso e a abertura para a interação dialógica. Os debatedores expuseram bons argumentos e desenvolveram um interessante debate sobre essas questões relacionadas ao pensamento do Flusser e também do Haque – em relação à interatividade.
Na última rodada, fui colocado na posição de crítico do debate acerca da passagem da representação, que seria um quase-objeto, para “presentação”, o não-objeto. Os debatedores discutiram os conceitos de objeto, quase objeto e não-objeto propostos no texto do Ferreira Gullar e o entendimento promovido pelo grupo do debate foi de que o não-objeto não necessariamente possui uma função, porém o significado daquele item tem um valor maior do que sua função, embora os exemplos dados não tivessem sido muito claros.
No geral, foi uma excelente atividade pois ao sermos separados nas salas e discutirmos sobre os temas sem a presença dos professores, pudemos nos sentir mais livres para explorar diferentes opiniões a respeito dos temas debatidos, além disso, a constante troca de grupos e de pessoas, promovia um maior contato com diferentes interpretações e opiniões sobre os temas e textos trabalhados, isso inclui também o fortalecimento da crítica e da argumentação.
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