Análise fotográfica
Na aula passada, fomos divididos em grupos de 5 a 6
pessoas para pesquisar e analisar os trabalhos de alguns fotógrafos, e meu
grupo ficou responsável pelos Sebastião Salgado, Mapplethorpe e Albert
Renger-Patzsch. Confiram alguns trabalhos desses fotógrafos e a análise objetiva que fizemos delas.
SEBASTIÃO SALGADO
Nasceu em 1944 em Aimorés, Minas Gerais – Brasil. Em 1968 casou-se com a pianista Lélia Deluiz Wanick e no ano seguinte se mudaram para Paris, onde iniciou sua carreira de fotógrafo e reside atualmente.Ao longo de sua carreira, Sebastião viajou por mais de 100 países fazendo grandes trabalhos com fotografias que fazem inúmeras denúncias sociais.
Nessa primeira foto da série
êxodos: O Sebastião Salgado faz o uso do preto e branco, o foco do primeiro
plano é bem nítido e no horizonte há um desfoque, faz com que a transição das
pessoas com as nuvens aconteça de forma mais suave. Existe mais contraste no
primeiro plano do que no segundo. Isso permite evidenciar/diferenciar as
pessoas das vestimentas.
Nessa segunda foto da Série gênesis: também em preto e branco, é
trabalhada uma luz natural na diagonal da esquerda para direita de cima para
baixo que ilumina somente o elemento (elefante), essa luz cria esse efeito de
raios sobre o animal e também ao redor dele. Em destaque no primeiro plano com
cor bem intensa temos uns galhos de duas plantas, de portes diferentes: médio e
pequeno. No canto inferior esquerdo foi feito o uso da nitidez e no canto
superior direito um desfoque.
MAPPLETHORPE
Foi um fotógrafo americano conhecido pelos seus trabalhos em preto
e branco, retratos, e por documentar cenas de Nova Iorque. Ele estava
preocupado com os aspectos clássicos da beleza, seja em seus nudes, naturezas
mortas florais ou autorretratos - luz, sombra, composição e forma eram centrais
em todo o seu trabalho.
Embora Mapplethorpe não concordasse com a alegação de que suas imagens
provocativas eram "chocantes", seu trabalho foi criticado pela
direita religiosa no final dos anos 1980 por sua suposta obscenidade, gerando
uma discussão nacional sobre se o governo dos EUA deveria financiar as artes em
tudo.
A fotografia foi composta em preto e branco, e com foco no claro e
escuro demonstrado no feixe de luz, de algo que parece uma janela, projetado
principalmente no homem, ao centro da foto, na parede e em parte da escada,
demonstrado na sombra do resto da imagem. Na foto se tem a impressão de
movimento a partir da postura no homem e seu apoio na escada de forma que o
mesmo se torna o foco da foto por estar centralizado. Ao fundo da foto se
percebe a presença de texturas na parede que distribui a atenção da foto também
para o segundo plano.
A fotografia foi composta em preto e branco, porém com
predominância do branco e do claro e com a luminosidade homogênea, com exceção as
áreas de encontro dos corpos onde há sombra. Na imagem se percebe a ideia de
inércia pelas amarrações e a impossibilidade de movimento e, junto com as
amarrações, se percebe a textura da foto e seu contraste do tecido enrolado nas
pessoas e o fundo liso.
ALBERT RENGER-PATZSCH
Nascido em junho de 1897, em Würzburg, na Alemanha,
Renger-Patzsch foi um importante fotógrafo do século XX. Antes de dedicar-se
totalmente à fotografia, serviu à Primeira Guerra Mundial e estudou Química na
Escola Técnica de Dresden, na Alemanha.
As linhas definem a figura. Os contornos das sombras misturam-se
as próprias bordas criando um efeito de repetição dos objetos, tal junção
quebra a dimensionalidade da foto e o movimento termina estático.
O foco ressalta a simplicidade do rural ante ao urbano, na qual o
ponto de fuga se encontra a lateral esquerda, com uma luz direta sobre a casa,
dando um tom seco ao plano geral, este que é preenchido pelo cenário urbano em
desfoque ao fundo.
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